Espanto
É como ver nascer uma outra realidade
ou ver morrer o que, até aí, era verdade.
Se umas vezes dói, outras nem tanto,
porque o espanto não está na ocorrência,
mas no nível da minha consciência,
que, confrontada com o que desconhecia,
cede ou resiste, mas regista a mais-valia.
Afinal, viver é isto mesmo – sentir
com o corpo e com a alma e assumir
as certezas abaladas pelo espanto
que ora causa alegria ou dor, encanto ou desencanto,
até ao dia em que nada me espantar...
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